Quando...
... aquilo que precisamos para sorrir está escondido e não sabemos onde procurar, o que é que se faz??
Procura-se no Atlas?
Procura-se na Telelista?
... ou no google??
Mas, e se essa coisa teima em não aparecer??
E se essa coisa nos foi roubada??
Se essa coisa se pode resumir a um sorriso, ou um abraço... e se mesmo assim fica difícil de a ter... fica-se ainda pior...
É...
Ontem tive o primeiro exemplo daquilo a que vou ter de me habituar no dia-a-dia...
Pela primeira vez me ocorreu que podia perder a minha avó (está doente... e com 86 anos qualquer coisa, por mais pequenina que seja, se torna preocupante...)... e pela primeira vez tive consciência de que amanhã podemos não estar aqui...
O meu avô morreu tinha eu 4 aninhos... tenho imensas lembranças dele... de me esconder quando ele chegava do trabalho, de ver o circo no Natal com ele, de ele me dar o lanche... de ir dar-lhe o beijinho de boa noite...
A única lembrança que tenho da morte dele foi quando o meu tio me levou para casa de uma outra tia, embrulhada num cobertor, ao colo... lembro-me do taxi (quando ainda eram pretos e verdes..)... mas tenho simples relâmpagos de memórias...
Depois há os cheiros... o da canela... o de batata doce... trazem-me à memoria a lembrança do meu avô...
A minha mania das gravatas vêm daí... o meu avô usava gravata diariamente... o toque da gravata na cara lembra-me o abraço dele...
Mas são só lembranças... de uma pessoa que admiro e de quem, mesmo só em recordações, gosto muito...
Tenho saudades de viver os momentos que recordo... os momentos de quando era feliz de verdade...
Neste momento, tantas coisas se acumularam, o cansaço é tanto que simplesmente tenho saudades de parar e sentir alguém mimar-me...
... o tempo passa... e o que eu procuro, simplesmente não aparece...
There